O melhor deputado federal da história brasileira?
“na cidade, haveria requisitos para a entrada em partes específicas de propriedades (proibindo, por exemplo, mendigos, vagabundos ou moradores de rua; mas também: homossexuais, hindus, usuários de drogas, judeus, muçulmanos, alemães, zulus”.
“impelido por sentimentos igualitaristas, o governante democrático tenderá a ir ainda mais longe. Por meio de leis de não discriminação – “não pode haver discriminação contra judeus, negros, católicos, hindus, homossexuais (e assim por diante)”
De que livro você pensaria ter sido tirado estes trechos? “Mein Kampf” não seria uma sugestão distante. Vamos entender adiante de onde eles vieram. Antes disso, vamos conhecer mais sobre o ilustre Deputado.
Gilson Marques é um advogado detrator da justiça e de muitas leis. É Deputado Federal em seu segundo mandato, mas afirma que os políticos são o grande problema da sociedade, Apesar da aparente contradição, em um olhar superficial, basta um mergulho nas ideias que agradam Gilson Marques, para entender o que ele defende.
A Revista Oeste (uma referência de extrema direita, para que ninguém pense que estamos sendo tendenciosos), destacou:
Talvez o mais adequado seja libertário anarcocapitalista. Em conversa com Monark (investigado pelo STF), cita um dos seus escritores preferidos: Hans-Hermann Hoppe, autor de “Democracia: o deus que falhou”.
Hoppe defende que em uma sociedade verdadeiramente livre, sem coerção estatal, as diferenças naturais entre as pessoas levariam ao surgimento de uma “ordem hierárquica espontânea”. Basicamente, se você nasceu rico, você permanecerá rico. Poderia ser algo muito semelhante a realidade que vivemos, se não fosse pelo viés autoritário, violento, discriminatório, elitista, higienista.
As críticas sobre a cobrança de impostos, tão comum na retórica de Gilson, na verdade é uma crítica a qualquer programa social. Redistribuição de renda para quem lê Hoppe é uma degeneração. É dar oportunidade a uma sub raça.
Vamos para mais trechos:
“Não pode haver tolerância para com democratas e comunistas em uma ordem social libertária. Eles terão que ser fisicamente separados e expulsos da sociedade.”
“Isso não implicava que a vulgaridade, a obscenidade, a grosseria, o uso de drogas, a promiscuidade, a pornografia, a prostituição, o homossexualismo, a poligamia, a pedofilia ou qualquer outra perversidade ou anormalidade imaginável, na medida em que constituíam crimes sem vítimas, fossem estilos de vida e atividades perfeitamente normais e legítimos?”
“Em um pacto entre proprietários e inquilinos da comunidade para proteger a propriedade privada, não se permite a defesa de ideias contrárias a esse propósito. Não deve haver tolerância para quem promove estilos de vida incompatíveis com o princípio da propriedade, como comunistas, democratas, criminosos ou defensores de formas de vida alternativas, como — digamos — homossexuais.”
“O sufrágio universal (direito de todos votarem independente de sexo, raça, religião, renda, escolaridade, posição social), destrói os direitos de propriedade ao permitir que os improdutivos e parasitas*, tenham voz igual à dos produtivos e moralmente responsáveis”
*Para Hoppe, parasita é toda a pessoa que se beneficia de algum tipo de assistência do governo. Bolsa Família por exemplo, seria algo para alimentar os parasitas.
Analisando isso, fica evidenciado aquilo que mencionei em meu depoimento à delegacia de Pomerode, no processo movido pelo Prefeito: “o problema não é o que eu estou dizendo, mas quem eu sou”. Para o Deputado Gilson Marques, pobres existem apenas para servir. Em uma ordem natural, pobres não são dignos de ter direitos. Assim como Hoppe que acredita que a pobreza, é resultado das escolhas, moralidade e produtividade individual.
Vamos conhecer um pouco da realidade do político que odeia os políticos?
Atualmente o salário do Deputado que acredita que todo político que recebe algo do estado é um parasita, é de R$ 46.366,19. Bem distante dos parasitas do Bolsa Família que recebem cerca de R$ 780,00, dos quais o deputado acredita que não mereciam receber nada. Aos custos que o Deputado representa aos cofres públicos ainda estão seis assessores. São eles:
Camila Oliveira Brum – Secretário Parlamentar
Desde 08/02/2023 – Salário de R$ 14.741,56 + Auxílios R$ 3.120,55
Eduardi Pedri – Secretário Parlamentar
Desde 24/04/2024 – Salário de R$ 14.741,56 + Auxílios R$ 1.813,66
Felipe Keizo Goto – Secretário Parlamentar
Desde 21/10/2024 – Salário de R$ 14.741,56 + Auxílios R$ 1.813,66
Gabriel Cesar De Andrade – Secretário Parlamentar
Desde 18/10/2024 – Salário de R$ 14.741,56 + Auxílios R$ 1.813,66
Guilherme Kiehl Noronha – Secretário Parlamentar
Desde 29/08/2024 – Salário de R$ 17.273,26 + + Auxílios R$ 1.813,66
Karina Beatrice Frainer – Secretário Parlamentar
Desde 10/05/2023 – Salário de R$ 5.699,90 + Auxílios R$ 1.813,66
Millena Menezes De Souza – Secretário Parlamentar
Desde 03/01/2023 – Salário de R$ 14.741,56 + Auxílios R$ 1.813,66
Rafael Ferreira Trigo – Secretário Parlamentar
Desde 14/02/2019 – Salário de R$ 14.741,56 + Auxílios R$ 1.813,66
Rodrigo De Souza – Secretário Parlamentar
Desde 05/02/2019 – Salário de R$ 18.719,88 + Auxílios R$ 4.427,44
Sem somar 13º e férias, somente com seu gabinete, os custos são de R$ 1.804.620,12 ao ano.
Sem nenhum tipo de pudor, em sua conversa com Monark, Gilson diz:
“as pessoas falam isso para mim né (sic!): – tá mas você é um parasita? Sim, é isso mesmo, hoje eu sou um parasita”
reforçando a influência que possui através das ideias de Hoppe.
Apesar de defender a liberdade de expressão irrestrita, Gilson Marques processou este jornal, através de um processo diretamente a mim, Jefferson Gelezauskas. Parece que encontramos o limite da liberdade. A liberdade termina quando o alvo das críticas é o deputado parasita.