Acredito que todo pomerodense e até alguns turistas, conhecem a origem do nome Pomerode. A junção do radical “Pommern” (Pomerânia em alemão) e do verbo roden, verbo alemão que em português significa desmatar, limpar um terreno, tirar os tocos e tornar a terra apta para o cultivo.
Imagino, no entanto que poucas pessoas conhecem a origem desta região histórica. A Pomerânia, terra banhada pelo Mar Báltico, testemunhou ao longo dos séculos a ‘dança’ das fronteiras e o entrelaçar de culturas. Inicialmente ela foi habitada por tribos germânicas e logo depois, a chegada de eslavos no século VI, formando um mosaico étnico e cultural.
Muito tempo depois, a Pomerânia viu nascer a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que começou como um conflito religioso entre católicos e protestantes no Sacro Império Romano-Germânico e depois se tornou uma guerra política envolvendo várias potências europeias. Neste momento, a Pomerânia foi incorporada ao Reino da Polônia, tornando-se a voivodia (província) da Pomerânia dentro da Prússia Real.
No século XVIII, a região foi alvo das Partições da Polônia, sendo anexada pelo Reino da Prússia e, posteriormente, integrando o Império Alemão. Essa mudança trouxe consigo políticas de germanização, visando suprimir a identidade polonesa e cassubiana, impondo a língua e cultura alemãs.
A devastação da Segunda Guerra Mundial redesenhou novamente o mapa da Pomerânia. Com a derrota alemã, a maior parte da região foi anexada pela Polônia, e a população alemã foi expulsa, resultando na quase extinção da língua e cultura pomerana na Europa.
O nome “Stettiner Kurier” evoca a cidade de Stettin, hoje Szczecin, um símbolo da resiliência cultural da Pomerânia. Assim como a cidade que resistiu às transformações impostas pela história, este jornal busca preservar e celebrar a rica herança pomerana, garantindo que suas histórias e tradições não sejam esquecidas.
Stettin
